Blog da Twygo
Treinamento e Desenvolvimento (T&D)
Publicado 24/02/2020
Por Kátia

Capacidade de adaptação a diversos cenários é uma das principais características de bons líderes, sabemos disso. Quando se trata de pessoas, é preciso entender que cada um possuí características e personalidades diferentes e isso impacta na forma como devem ser liderados. Logo, entre diferentes equipes podem ser necessários diferentes tatos por parte do gestor para que o trabalho possa render! É dessa necessidade que surge o modelo de liderança situacional. Siga lendo para entender melhor como ele funciona.

O que é liderança situacional?

Liderança situacional é um modelo de gestão de equipes que consiste em adaptar a forma de liderar de acordo com o contexto em que a equipe se encontra e os profissionais que a compõe.

A teoria da liderança situacional foi desenvolvida em 1969 por Paul Hersey e Ken Blanchard. Segundo eles, um bom líder é capaz de adaptar seu comportamento conforme o nível de maturidade profissional de cada um dos seus subordinados. O estilo de liderança que funciona com um colaborador pode não funcionar com o outro!

Sendo assim, de acordo com essa teoria, não há um estilo de liderança melhor do que outros. Na verdade, tudo depende da situação que se enfrenta e das pessoas com as quais se está lidando, e o gestor deve saber como ser flexível e se adaptar ao cenário em que está inserido.

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Mas afinal, como funciona essa flexibilidade e como agir em cada situação? Vejamos:

Os 4 estilos de liderança situacional

Há 4 estilos de liderança que podem ser desempenhadas de acordo com a situação enfrentada. São elas:

  • E1 – Direção: entre os quatro estilos de liderança, esse é o que os subordinados possuem a menor autonomia. Aqui, o líder deve ensinar à equipe tudo o que deve ou não fazer e ensinar como fazer. As tarefas são supervisionadas ao longo de sua realização até que os profissionais possuam maior capacidade.
  • E2 – Orientação: nesse caso o líder deve oferecer uma supervisão constante, estímulos para a execução das tarefas e apoiar sugestões e ideias dos subordinados. Entretanto, a palavra final ainda é a do gestor. Ainda assim, ele deve fazer com que a equipe se sinta motivada a contribuir com ideias.
  • E3 – Apoio: aqui, a supervisão do líder é muito menor. Na verdade, a ideia é que ele facilite o trabalho e incentive os profissionais da equipe. Ele deve apoiar a análise de diferentes ideias e perspectivas, de modo a enriquecer os processos de forma colaborativa.
  • E4 – Autonomia: como o próprio nome deixa claro, o papel do líder aqui é muito menor na tomada de decisões e realização das atividades. A equipe deve ser autônoma para tomar a maior parte das decisões. Logo, também é a equipe que assume a responsabilidade pelas consequências. O líder, por sua vez, deve delegar responsabilidades e atuar para manter a organização do trabalho.

Mas, e agora, qual tipo de liderança aplicar e quando aplicar?  Bem, isso depende do nível de maturidade da equipe. Veja:

Os 4 níveis de maturidade de uma equipe

Quando falamos sobre o nível de maturidade de uma equipe, estamos nos referindo ao seu nível de capacitação, ou seja, de competência para realizar as atividades com maior ou menor autonomia. Autonomia requer conhecimento, responsabilidade e engajamento. Sendo assim, podemos classificar a maturidade em 4 níveis:

  • P1 – baixa vontade e baixa capacidade: os profissionais do grupo não possuem conhecimento e habilidades suficientes para concluir a tarefa de forma autônoma. Isso pode ocorrer porque são novos ou porque não se sentem preparados e motivados para tomar decisões por conta própria.
  • P2 – alta vontade e baixa capacidade: os profissionais possuem alguma experiência e por isso estão motivados e possuem habilidade. Entretanto, ainda é necessário apoio na realização das tarefas.
  • P3 – baixa vontade e alta capacidade: os profissionais possuem as habilidades necessárias para realizar o trabalho com autonomia. Entretanto, eles não se sentem dispostos (motivados) para assumir responsabilidades.
  • P4 – alta vontade e alta capacidade: os profissionais são capacitados e motivados o suficiente para realizar todo o trabalho com autonomia.Mapa de liderança situacional

Para saber qual estilo de liderança utilizar em cada nível de maturidade de equipe, você pode utilizar o mapa da liderança situacional. Observe:

Observando o diagrama, podemos concluir que o estilo de liderança E1 é mais adequado para a maturidade P1, o estilo de liderança E2 é mais adequado para a maturidade P2, e assim por diante. Sendo assim, quanto mais capacitada e motivada for a equipe, menos diretivo o líder precisa ser. Faz sentido, não é?

A evolução da capacidade

Imaginemos a seguinte situação: uma equipe possui o nível 1 de maturidade, isto é, baixa vontade e baixa capacidade. O adequado seria que o gestor utilizasse um estilo diretivo de liderança: dizer à equipe o que fazer e o que não fazer e supervisionar todas as atividades. Além disso, todas as decisões devem partir do gestor, nesse caso. Mas é útil para uma empresa que essa seja a situação permanente? Não.

Sabemos que lideranças centralizadas são úteis em alguns casos, mas, por outro lado, sobrecarregam o gestor, tornam os processos mais lentos (já que tudo precisa ser supervisionado por ele), interferem na pluralidade de ideias, dificultam a inovação e podem trazer insatisfação para os subordinados. Além disso, um eventual desligamento desse gestor faria com que sua equipe ficasse completamente perdida. Ou seja: cenário de caos e destruição.

Logo, o mais interessante é que os profissionais sejam capacitados com o passar do tempo para que o líder possa “soltar as rédeas”, por assim dizer. Uma equipe autônoma é formada por uma série profissionais capacitados que colaboram com ideias, apresentam agilidade na execução de tarefas e tomada de decisões e são capazes de manter seu trabalho mesmo na ausência do líder. Além disso, esses profissionais tendem a ficar mais satisfeitos com o seu trabalho; isso melhora o clima organizacional e reduz a taxa de turnover, o que é muito bom.

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Sendo assim, quando falamos sobre liderança situacional, é preciso levar em conta alguns treinamentos indispensáveis. Veja:

Treinamento de equipe

Para que uma equipe não fique dependente do líder para sempre, é necessário investir em treinamento. Treinamentos de equipe são voltados para a evolução de um time como um todo, e isso inclui habilidades técnicas, para a melhor execução das tarefas operacionais, e também habilidades comunicativas, comportamentais, etc.

Para aprender a estruturar um treinamento de equipe na sua empresa, recomendamos a leitura do nosso texto inteiramente dedicado a esse assunto, sobre treinamento de equipe.

Treinamento de liderança

É possível que os gestores não estejam familiarizados com as práticas da liderança situacional e não saibam exatamente como agir em cada caso. Por isso, além de treinar as equipes, também é importante investir em treinamento para os líderes.

É preciso desenvolver os conhecimentos, habilidades e atitudes de bons líderes nos gestores, para que eles possam cumprir o seu papel de maneira mais correta. Um líder situacional precisa saber como gerenciar sua equipe em diferentes cenários e guia-la ao sucesso.

Para aprender como fazer um treinamento de liderança, leia nosso post como estruturar treinamento de liderança na sua empresa.

E então, conseguiu entender como funciona a liderança situacional? Esperamos que esse artigo lhe tenha sido útil. Recomendamos, ainda, o nosso e-book totalmente gratuito sobre como implantar práticas de treinamento e desenvolvimento na sua empresa, para que você aprenda a capacitar e evoluir todas as equipes que compõe a sua organização. Basta clicar no banner abaixo. Boa leitura!

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